quinta-feira, 12 de maio de 2016

Poder Dilma é intimada sobre impeachment e afastada por até 180 dias


A presidente da República Dilma Rousseff foi intimada oficialmente, na manhã desta quinta-feira (12), da decisão do Senado de abrir o processo de impeachment e de afastá-la do cargo por até 180 dias. Antes de deixar o Palácio do Planalto, ela faz um pronunciamento à imprensa. Em seguida, a mensagem oficial será entregue no Palácio do Jaburu ao vice-presidente Michel Temer, que passará a responder como presidente em exercício no período. A abertura do processo foi aprovada no Senado por 55 votos favoráveis e 22 contrários em uma sessão que durou mais 20 horas e terminou em torno de 6h40. A intimação sobre o afastamento foi entregue a Dilma pelo primeiro-secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), no gabinete da Presidência, que chegou ao Planalto por volta das 10h50. Em seguida, o senador foi para o Palácio do Jaburu para notificar o vice-presidente Michel Temer. G1

“Jamais vou desistir de lutar”, conclui Dilma após ser afastada


Após ter sido intimada sobre a abertura de processo de impeachment no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff fez um pronunciamento de 14 minutos nesta quinta-feira (12) no Palácio do Planalto no qual classificou a decisão como “a maior das brutalidades que pode ser cometida contra um ser humano: puní-lo por um crime que não cometeu”. Ela voltou a classificar o processo de impeachment de “golpe” e afirmou que não praticou nenhum crime. Disse que o que “está em jogo” é o “respeito às urnas” e acrescentou que tentam “tomar à força” o seu mandato, que, segundo ela, é alvo de “sabotagem”. “Confesso que nunca imaginei que seria necessário lutar contra um golpe em meu país. Nossa democracia jovem, feita de lutas, feita de mortes, não merece isso”. “Aos brasileiros contrários ao golpe, faço um apelo: mantenham-se mobilizados, unidos e em paz. A luta pela democracia não tem data para terminar, é permanente e exige de nós dedicação constante”. “Jamais vamos desistir. Jamais vou desistir de lutar. Muito obrigada a todos”. A abertura do processo de impeachment foi aprovada no Senado por 55 votos favoráveis e 22 contrários em uma sessão que durou mais 20 horas e terminou por volta das 6h40 desta quinta. Antes do pronunciamento, Dilma foi intimada da decisão que a afasta do cargo por até 180 dias. Se julgada pelo Senado culpada por crime de responsabilidade, será afastada em definitivo e o vice Michel Temer, que assume desde já, concluirá o mandato até 2018. “O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas meu mandato. Está em jogo o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e a Constituição. O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos, os ganhos das pessoas mais pobres e da classe média, a proteção às crianças, os jovens chegando às universidades e escolas técnicas, a valorização do salário mínimo, médicos atendendo a população, a casa própria com o Minha Casa Minha Vida”, afirmou Dilma. O pronunciamento de Dilma foi acompanhado pelos ministros da sua equipe e parlamentares de PT e do PCdoB. Ao chegar ao Salão Leste, Dilma foi recebida com aplausos e aos gritos de “Dilma, guerreira da Pátria brasileira”. G1, Brasília

Poder Michel Temer anuncia ministério do novo governo

Logo após ter sido notificado da decisão do Senado Federal, que aprovou na manhã desta quinta-feira (12), a abertura de processo de impeachment e o afastamento por até 180 dias de Dilma Rousseff da Presidência da República, a assessoria do vice-presidente Michel Temer anunciou os nomes dos ministros que integrarão o ministério do novo governo. Até a última atualização desta reportagem, dois ministérios (Integração Nacional e Minas e Emergia) ainda não tinha os nomes dos ocupantes definidos. O PMDB deverá ficar com uma dessas duas pastas e o PSB com outra. Confira abaixo a relação dos novos ministros. Henrique Meirelles – Fazenda Romero Jucá (PMDB) – Planejamento Marcos Pereira – Desenvolvimento, Indústria e Comércio José Serra (PSDB) – Relações Exteriores com comércio exterior Moreira Franco (PMDB) – secretario-Executivo do Programa de Parcerias e Investimentos Eliseu Padilha (PMDB) – Casa Civil Geddel Vieira Lima (PMDB) – Secretaria de Governo Marcio Freitas – Secretaria de Imprensa (não é ministério) Moreira Franco (PMDB) – secretário-executivo do Grupo do Programa de Parcerias e Investimentos Sérgio Etchegoyen – ministro-chefe da Secretaria de Segurança Institucional (inclui Abin) Mendonça Filho (DEM) Educação Ricardo Barros (PP) Saúde Alexandre de Moraes – Justiça e Cidadania Blairo Maggi (PP) – Abricultura Ronaldo Nogueira (PTB) – Trabalho Osmar Terra (PMDB) – Desenvolimento Social e Agrário Sarney Filho (PV) – Meio Ambiente Bruno Araújo (PSDB) – Cidades Gilberto Kasssab (PSD) – Ciência e Tecnologia e Comunicações Maurício Quintella (PR) – Transportes Fabio Medina – Advocacia-Geral da União (AGU) Fabiano Augusto Martins Silveira – Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU) Raul Jungmann (PPS) – Defesa Henrique Alves (PMDB) – Turismo Leonardo Picciani (PMDB) – Esporte Minas e Energia – entre PMDB e PSB Integração Nacional – entre PMDB e PSB